Um relatório recente patrocinado pela Fundação Bill e Melinda Gates e elaborado pela consultoria Salient Advisory revelou um marco no financiamento das startups de saúde lideradas por mulheres. Em 2023, essas empresas arrecadaram um total recorde de US$ 167 milhões, representando um crescimento de mais de 2.000% em comparação com o ano anterior.
O relatório destaca que empresas fundadas exclusivamente por mulheres receberam US$ 52 milhões em financiamento, o que representa 31% de todos os recursos investidos no setor de saúde no ano passado. Esse aumento contrasta com os US$ 2 milhões investidos em empresas lideradas por mulheres em 2022.
Algumas das startups que se destacaram em 2023 incluem a Kasha, Dawi Clinics, Chefaa e Maisha Meds. A Kasha, por exemplo, é uma empresa com sete anos de existência, e obteve um financiamento de até US$ 21 milhões na Série B, marcando o maior investimento já realizado em uma healthtech africana liderada por mulheres.
É notável observar que o número de aportes em healthtechs africanas aumentou 17% ano após ano, totalizando 145 rodadas de financiamento, com um investimento médio de US$ 1,1 milhão por rodada. As rodadas de financiamento da Série A ou superiores, por sua vez, atraíram US$ 99 milhões em sete negócios, destacando a confiança crescente dos investidores nesse setor em expansão.
Investimentos em soluções de farmácia online dominaram a captação de recursos em 2023, capturando 38% do financiamento total. Países como Nigéria, Quênia e Egito foram os maiores beneficiários desses investimentos no continente. Apesar do financiamento ainda ser baixo para inovadores baseados em língua francesa na África, houve um crescimento de US$ 5,8 milhões em 2022 para US$ 9,6 milhões em 2023, impulsionado por negociações para empresas como Susu e Waspito.