10 Dicas para Inovação Aberta Corporativa

O South Summit Brazil proporcionou uma série de palestras inspiradoras sobre as áreas dos negócios e da inovação. Uma das palestras foi “Oportunidades na Colaboração: A Importância da Inovação Aberta”, ministrada por Itai Green. Green, fundador e CEO da Innovate Israel, é uma figura proeminente na inovação aberta corporativa de Israel, reconhecido como um dos principais protagonistas no ecossistema de startups do país. Ele lidera processos de inovação conectando corporações globais com a comunidade de startups de Israel para criar soluções tecnológicas avançadas em diversas áreas, como TI, produtos de consumo, farmacêutica, finanças, viagens, comércio eletrônico, varejo, bancos, seguros, energia, tecnologia de construção e IoT.

Israel acumulou ao longo dos anos uma vasta experiência em inovação aberta corporativa. Mais de 350 corporações globais selecionaram Israel como sua fonte de inovação, reconhecendo que a rápida evolução tecnológica e a intensa competição não permitem mais que essas empresas dependam apenas de seus departamentos de P&D.

No passado, a inovação interna era tratada superficialmente. Hoje, é amplamente reconhecido que a inovação interna só ocorrerá após a implementação bem-sucedida de um processo de inovação aberta com startups. Abaixo, seguem 10 dicas práticas propostas por Green para implementar com sucesso a inovação aberta em sua corporação:

Compromisso

A implementação bem-sucedida da inovação é um resultado direto do grau de comprometimento dos proprietários e CEOs de uma corporação. Uma corporação que deseja se adaptar à inovação terá sucesso se pelo menos um membro do conselho de administração compreender profundamente o mundo da inovação, do empreendedorismo e das startups, de modo que cada decisão tomada inclua a perspectiva da inovação. Inovação é um assunto estratégico para o futuro da organização. Assim como cada conselho de administração tem um diretor com expertise financeira, cada conselho de administração deve incluir um especialista em inovação. Nomear um VP de Inovação que se reporte ao CEO é um indicativo da importância que a organização atribui à inovação. Quanto maior a distância entre o Gerente de Inovação e o CEO, menor será o comprometimento da organização e menor a chance de sucesso.

Desafios

Uma corporação deve definir com precisão seus desafios tecnológicos e de negócios para saber quais startups precisam pesquisar e imediatamente criar uma “proposição de valor” para startups, para que as melhores queiram trabalhar com a corporação e não com seus concorrentes.

Gestores e Funcionários com FOMO (Fear of missing out/medo de perder oportunidades) e não com NIH (not invented here/não inventado aqui)

A Divisão de Recursos Humanos tem um papel importante no sucesso do processo de inovação da corporação. Quanto maior o recrutamento de gerentes de inovação e funcionários de mente aberta, curiosos, motivados pelo medo de perder oportunidades – maior a probabilidade de a organização ter sucesso. Há uma necessidade de mais funcionários com FOMO (Medo de Perder Oportunidades).

A Corporação Fala a Linguagem das Startups

As startups NÃO falam a linguagem de uma corporação – uma corporação que deseja trabalhar com startups não pode ser lenta ou burocrática. As startups vivem e respiram em um cronograma baseado no fluxo de caixa que têm disponível. O poder está nas mãos das startups e são elas que decidem com quais corporações vão trabalhar. Elas vão trabalhar com corporações que agem rapidamente, que têm mente aberta, que tomam decisões rápidas e que executam rapidamente. Em Israel, entre duas pessoas, há no máximo dois graus de separação, ao contrário do restante do mundo, onde há seis graus de separação. Isso significa que quando uma corporação está se saindo bem com startups, isso se espalha para outras que estariam ansiosas para trabalhar com ela, enquanto, por outro lado, se a gestão for ruim, uma boa startup evitará trabalhar com elas.

Parceria

A startup é uma parceira, não um fornecedor. As startups não são mais fornecedoras para a corporação e pagas sob condições de pagamento de 60 ou 90 dias. Os recursos da startup são muito limitados, e uma corporação que paga por pilotos e outros serviços de uma startup será atraente para outras startups. Isso levará a outras startups de alto nível que trabalharão com a corporação.

Orçamento Inovação custa dinheiro

Normalmente, não muito dinheiro. No primeiro ano em que a corporação opera com inovação, é recomendado que o orçamento venha da gestão e dos proprietários. Após um ano, o orçamento deve vir do P&L das unidades de negócios que se beneficiam da inovação. Normalmente, essas são quantias relativamente pequenas, mas o fato de o orçamento vir das unidades de negócios cria uma alavanca, não apenas para a gestão, mas também para os gerentes de nível médio, que têm um papel crítico para incentivar o sucesso do processo.

Não Medido pelo ROI

A inovação não é medida pela velocidade com que o investimento é retornado. A organização muitas vezes não tem escolha senão adotar a inovação, ou desaparecerá. Os clientes esperam um alto nível de serviço. Os clientes esperam alta qualidade. Os acionistas esperam processos eficientes. Aqueles que não fornecem isso correm o risco de falhar. A corporação não é gerenciada em um vácuo. Os concorrentes também adotam a inovação, e isso deixa a organização sem escolha.

Equidade custa dinheiro

No passado, as corporações obrigavam as startups a adquirir uma porcentagem de propriedade, em troca de cooperação. NÃO MAIS. Uma corporação que insiste em receber porcentagens gratuitas da Startup encontrará a startup trabalhando com o concorrente da corporação. A corporação não terá escolha senão investir recursos significativos em P&D, o que fará com que a tecnologia, produto ou serviço chegue ao mercado com considerável atraso. Uma corporação que deseja adquirir uma porcentagem na empresa da startup será honrada e investirá com dinheiro.

Zero Burocracia

Os acordos contratuais entre uma corporação e uma startup devem ser curtos e simples. As startups não têm recursos para pagar aconselhamento jurídico que acompanhará processos complexos e longos. MANTENHA SIMPLES. A propriedade intelectual pertence à startup. Quem corre rápido com Startups vence os concorrentes!

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